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Louveirando: A Moça do Cabelo Azul

Coluna de João Batista

Louveirando: A Moça do Cabelo Azul

A moça do cabelo azul (imagem: João Batista)

TRILHA SONORA: AZUL DA COR DO MAR / TIM MAIA

A Moça do Cabelo Azul

por João Batista

Não sei o nome da moça, mas sei que ela existe por aqui. A encontrei de manhã no Posto de Saúde do Centro de Louveira e, enquanto esperava que uma amiga a quem acompanhei para uma consulta oftalmológica fosse atendida, essa moça se sentou à minha frente, com certeza, a espera de uma consulta. Me chamou a atenção, pelo seu jeito de sentar, falo aqui da maneira correta de sentar em um banco, ou seja, com corpo não curvado. Ela vestia jeans e tinha o cabelo azul sobre os ombros, uma visão esplendorosa bem ali à minha frente.

Pelo tempo que fiquei ali, pouco tempo na verdade, pois minha amiga foi atendida rapidamente, eu não tirava os olhos dela, e até me imaginava, se pintor eu fosse, pintá-la-ia em um quadro, um óleo sobre tela. Não tive coragem, até agora não sei bem se por não querer quebrar o encanto ou por timidez mesmo, de puxar assunto com ela. E olha que eu puxo assunto com muita gente! Até conversei com duas moças que estavam ao lado dela, mas com ela não.

Saí dali meio decepcionado comigo mesmo, porque queria eu ter puxado muito assunto, feito umas fotos, o que normalmente faço. Fomos, eu e minha amiga a uma padaria ali perto, tomamos um café e jogamos conversa no ventilador. Conversa vai, conversa vem e acabei me esquecendo da moça. Fui para a minha casa, deixando minha amiga na casa dela antes, e segui os meus planos, como por exemplo ir à Academia Louveirense de Letras e Artes, a ALLA, como faço comumente às terças e quintas, entre às 14h e 16h.

Chegando ali na ALLA, no centro de Louveira, na rua da feira “das quartas-feiras”, não é que dou de topo com a moça?! Fiquei feliz e não titubeei desta vez, e, parando bem ao seu lado, puxei conversa, pouca coisa, por sentir que ela estava com pressa. Perguntei se poderia fazer uma foto com ela, esta selfie da postagem, e ela assentiu e eu, feliz, fiz a foto. Uma foto somente. Entrei em pânico por pensar que a foto poderia não ter ficado boa, e aí eu não sei quando a encontraria novamente. Bem! Torci para a foto ter ficado boa, e, como pude constatar depois, ficou sim, dentro dos meus propósitos.

Não sei o nome da moça. Por falha minha não perguntei. Mas sei que a moça existe, é charmosa, tem o cabelo azul e um caminhar suave, mesmo estando, a meu ver, com pressa. Muito simpática, ela posou para a foto, sorriu, e este momento ficou registrado. Agora analisando tudo isso, percebo que a minha memória não me traiu; a moça de cabelo azul é exatamente do jeito dela, um jeito único de ser. Gostei deste acontecimento e achei que mereceria um registro mais elaborado como forma de homenagear as pessoas que passam pela vida da gente todos os dias.

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