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Louveirando: Olhando Para o Céu

Coluna de João Batista

Louveirando: Olhando Para o Céu

(imagem original por João Batista / perspectiva expandida com uso de IA)

TRILHA SONORA: O AMANHÃ / SIMONE

Olhando Para o Céu

por João Batista

Tudo ali a minha volta, era solidão? Não, não era mesmo! Havia o burburinho das pessoas ao meu redor, das crianças, inacreditáveis crianças, ali bem próximo de onde eu me sentara. Certa vez, há alguns anos, no início da minha coluna “louveirando”, escrevi sobre este mesmo assunto, esta chaminé imponente, que é tudo, além das memórias afetivas, que sobrou da cerâmica, salvo engano, da família Bossi, aqui da nossa cidade.

Uma amiga minha, a conhecida nossa, Docha Maria, nascida em Minas Gerais e moradora do bairro do Quebra – Santo Antonio – aqui em Louveira, me disse certa vez que a família dela, mais precisamente o pai senhor Antonio Francisco trabalhou ali na cerâmica. Não li o que escrevi no passado agora, pois a meu juízo, tudo mudou de lá pra cá. A chaminé, pela glória da história e da arquitetura, continua em pé, mas cá comigo, penso que alguns já pensaram de colocá-la abaixo, deitado no chão, em pedaços.

Não sei quantas pessoas olham para a chaminé, que, por estar sempre ali, passe despercebido pela maioria. A nossa vista vicia e com o tempo, não vê tudo que olha, principalmente nos dias imediatistas, nossos dias atuais. Agora, eu sentando ali em frente, considerando que a chaminé esteja à minha frente, pelo meu ângulo de visão, pode não ser o “de frente” para todos, pois é de forma esférica, longa e esférica, redonda, na linguagem mais ouvida.

Já disse algumas vezes e reafirmo aqui, neste caso não estou lidando com datas perfeitas, mas sim com a minha imaginação e com a imaginação de quem ler, só isso. Imagino eu de quando a quando a cerâmica funcionou; quantos funcionários trabalharam ali; eram todos de Louveira? Os tijolos que compõem a chaminé, foram feitos ali na cerâmica ou vindos de outra cerâmica, e se sim, de qual cerâmica?

Quanto custou e quanto de material foi usado em relação ao peso total? Quais os materiais? As pessoas eram felizes trabalhando ali? Por que a cerâmica fechou? Creio que algumas dessas perguntas poderiam ser respondidas pro alguém que ler a coluna, bem ali nos comentários. Eu gostaria muito que isso acontecesse! Continuei ali sentado por alguns longos minutos, que totalizados dariam uma hora ou mais? Não sei. A vida é assim, hoje aqui, amanhã não sei, pode-se colocar aqui um “talvez”.

Assim como eu, concluo, algumas outras pessoas também observam a tal chaminé. Sendo assim, qual seria a história que essas pessoas contariam ou escreveriam numa coluna de jornal? Realmente hoje tenho muitas perguntas e poucas respostas, mas como do amanhã ninguém sabe de verdade, quem sabe apareça em algum lugar alguns escritos sobre este assunto, a nossa chaminé, aquela ali que fotografei várias vezes em vários momentos diferentes.

Olhando Para o Céu (imagem original por João Batista)

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