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Vinhedo supera marca de 300 casos de dengue, mas não irá usar o fumacê; entenda os motivos

Eficiência do fumacê em dúvida

Vinhedo supera marca de 300 casos de dengue, mas não irá usar o fumacê; entenda os motivos

Vinhedo não irá usar o fumacê no combate à dengue (imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A cidade de Vinhedo está enfrentando um aumento significativo nos casos de dengue, totalizando 303 registros até esta sexta-feira (15). Os bairros mais afetados são Capela, Vila João XXIII, Vista Alegre, Centro e Nova Vinhedo, todos impactados pela transmissão da doença pelo mosquito Aedes aegypti.

Apesar desse cenário preocupante, a Prefeitura de Vinhedo informou que não irá utilizar, pelo menos por enquanto, a pulverização de inseticida, conhecida como fumacê, uma prática comum em muitas cidades para tentar conter a proliferação do mosquito da dengue. Em vez disso, a equipe de zoonoses de Vinhedo irá intensificar as inspeções domiciliares e coletas de amostras para identificar possíveis criadouros e educar a população sobre a importância da prevenção.

A decisão da Prefeitura de Vinhedo em não fazer uso do fumacê está fundamentada em razões de saúde pública, bem como na eficácia questionável da pulverização do inseticida como medida de controle. Conforme recomendação do Ministério da Saúde, o uso do fumacê é indicado apenas como medida emergencial, nas áreas onde a proliferação do mosquito está fora de controle, com alta incidência de casos da doença e de óbitos.

Além dos motivos de saúde, o fumacê não é eficaz contra as larvas do mosquito, e pode ainda gerar resistência do produto no Aedes aegypti. Outro fator, prejudicial ao meio ambiente, é que a aplicação do fumacê pode impactar negativamente outras espécies de insetos, como as abelhas, essenciais para o equilíbrio ecológico e cuja população está em declínio.

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